Novo deslocamento de lama assusta funcionários da Samarco em Mariana
Os funcionários tiveram que sair às pressas.
Deslocamento aconteceu na barragem que se rompeu em novembro.
Deslocamento aconteceu na barragem que se rompeu em novembro.
Funcionários da mineradora Samarco, em Mariana, interior de Minas Gerais,
tiveram que sair às pressas, por causa de um deslocamento de rejeitos de
minério, na quarta-feira (27). A lama foi da mesma barragem que se rompeu, em
novembro, para outra, no mesmo complexo.
Cerca de um milhão de metros cúbicos de lama se
deslocaram da barragem de Fundão, que tinha 20 milhões de metros cúbicos de
rejeitos. Os números são do Ibama. Fotos feitas pelos bombeiros mostram a área
depois da movimentação de rejeito de minério A Samarco confirmou que houve o
deslocamento e informou que o material ficou entre as represas de Fundão e
Santarém, dentro do complexo de Germano. Como prevê o plano de emergência, o
alerta amarelo foi emitido e todos os 450 funcionários que estavam por lá
tiveram que sair.
“Se deslocou da barragem de Fundão e permaneceu na
barragem de Santarém. Não foi um pequeno movimento não, houve um movimento
expressivo de material que se deslocou e o motivo de maior preocupação do
Ministério Público são as estruturas remanescentes que ainda permanecem”,
explica Carlos Eduardo Ferreira Pinto, promotor de Justiça.
Em novembro, uma ação exigiu que a Samarco apresentasse
um plano de atuação em caso de novos rompimentos, mas, segundo o Ministério
Público, o prazo não foi cumprido e o plano apresentado de forma incompleta.
“A empresa deveria ter apresentado tanto o dam break,
que é uma projeção dos cenários em caso do rompimento de algumas dessas
barragens ou das estruturas remanescentes, e apresentar as medidas mitigadoras
remanescentes iniciais. Foi apresentado apenas um dam break preliminar e não
essas medidas mitigadoras que seriam o plano de ação de emergência”, afirma
Daniel Oliveira de Ornelas, promotor de Meio Ambiente.
A multa de R$ 1 milhão por dia ainda não foi cobrada
pela Justiça. Moradores de Bento Rodrigues, o distrito de Mariana mais atingido
pela lama, participaram de uma reunião com representantes da Samarco,
promotores e deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Eles não
querem que o processo seja transferido da Justiça Estadual, em Mariana para a
Justiça Federal.
(Fonte: noticias)
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