sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

NOTICIAS/GERAIS

Novo deslocamento de lama assusta funcionários da Samarco em Mariana

Os funcionários tiveram que sair às pressas.
Deslocamento aconteceu na barragem que se rompeu em novembro.
Funcionários da mineradora Samarco, em Mariana, interior de Minas Gerais, tiveram que sair às pressas, por causa de um deslocamento de rejeitos de minério, na quarta-feira (27). A lama foi da mesma barragem que se rompeu, em novembro, para outra, no mesmo complexo.
Cerca de um milhão de metros cúbicos de lama se deslocaram da barragem de Fundão, que tinha 20 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Os números são do Ibama. Fotos feitas pelos bombeiros mostram a área depois da movimentação de rejeito de minério A Samarco confirmou que houve o deslocamento e informou que o material ficou entre as represas de Fundão e Santarém, dentro do complexo de Germano. Como prevê o plano de emergência, o alerta amarelo foi emitido e todos os 450 funcionários que estavam por lá tiveram que sair.
“Se deslocou da barragem de Fundão e permaneceu na barragem de Santarém. Não foi um pequeno movimento não, houve um movimento expressivo de material que se deslocou e o motivo de maior preocupação do Ministério Público são as estruturas remanescentes que ainda permanecem”, explica Carlos Eduardo Ferreira Pinto, promotor de Justiça.
Em novembro, uma ação exigiu que a Samarco apresentasse um plano de atuação em caso de novos rompimentos, mas, segundo o Ministério Público, o prazo não foi cumprido e o plano apresentado de forma incompleta.
“A empresa deveria ter apresentado tanto o dam break, que é uma projeção dos cenários em caso do rompimento de algumas dessas barragens ou das estruturas remanescentes, e apresentar as medidas mitigadoras remanescentes iniciais. Foi apresentado apenas um dam break preliminar e não essas medidas mitigadoras que seriam o plano de ação de emergência”, afirma Daniel Oliveira de Ornelas, promotor de Meio Ambiente.

A multa de R$ 1 milhão por dia ainda não foi cobrada pela Justiça. Moradores de Bento Rodrigues, o distrito de Mariana mais atingido pela lama, participaram de uma reunião com representantes da Samarco, promotores e deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Eles não querem que o processo seja transferido da Justiça Estadual, em Mariana para a Justiça Federal.  
(Fonte: noticias)

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